16 de agosto de 2013

Carlos Santalena chega ao topo de mais uma das maiores montanhas do mundo: a McKinley, no Alasca

Carlos Santalena chega ao topo de mais uma das maiores montanhas do mundo: a McKinley, no Alasca
Com o sucesso desta expedição, o atleta conclui cinco dos sete cumes mais altos do planeta – e promete completar a lista ainda este ano

Famoso por ser o mais jovem brasileiro a atingir o cume do Monte Everest, após subir 8848 metros – então com 24 anos –, Carlos Eduardo Santalena, um dos maiores nomes do montanhismo do Brasil, vive testando os próprios limites. A última façanha do atleta foi a escalada do Monte McKinley, no Alasca – o maior da América do Norte.

A McKinley é uma das montanhas mais altas do mundo, com 6194 metros de altura – não à toa, foi eleita por Santalena o maior desafio enfrentado até hoje em sua carreira. Foram necessários 22 dias para a expedição chegar ao cume – da qual fizeram parte, além de Santalena, os atletas Stefan Reinold, Luis Felber e Marcos Bogado. Esta foi a primeira vez que quatro brasileiros atingiram o topo no mesmo dia.

Com um desnível quase mil metros maior do que o do Everest e, portanto, sendo necessário percorrer um trajeto mais longo para chegar ao cume, a altura é, sem dúvida, um dos grandes desafios da McKinley. As condições climáticas, por sua vez, contribuem para o aumento do nível de adrenalina dos atletas, já que esta montanha é considerada a mais gelada do planeta – localizada a cerca de 300 quilômetros do Círculo Polar Ártico. Além da temperatura – que pode variar de zero até 50 graus Celsius em um mesmo dia –, outro fator extremo durante a escalada é a luz, já que pela proximidade com os pólos, as noites são claras e não há momentos de escuridão.

Por estar localizada em um parque nacional do Alasca, a subida a esta montanha tem ainda outras particularidades: o escalador precisa ser autônomo, ou seja, carregar todo o peso – inclusive o lixo gerado durante o processo – e deixar a montanha limpa. Por isso, cada membro da expedição de Santalena carregou não só o peso das mochilas, como também dos trenós – totalizando 50 quilos de carga. Além disso, pela quantidade de neve encontrada durante o percurso, os montanhistas precisaram utilizar equipamentos não muito comuns para a prática, como os snowshoes – raquetes acopladas às botas que não permitem que os pés afundem.

Todas estas particularidades fazem do McKinley o destino de aventura mais procurado por montanhistas de todo o planeta, já que oferece diversas opções de escaladas com diferentes graus de dificuldade – um verdadeiro desafio para os apaixonados pelos esportes radicais.

Formado em Educação Física, Santalena iniciou sua história no montanhismo em 2003 e atualmente trabalha como guia em expedições – além, claro, de testar os próprios limites em aventuras como as que viveu no McKinley.

Prova disso é que apenas 15 dias antes de escalar esta que é a maior montanha da América do Norte, o atleta participava como guia em outra expedição com seu parceiro Carlos Canellas – os dois fazem parte da equipe Dardak de esportes de aventura. Os montanhistas subiram o Monte Everest para Canellas tentar a façanha de chegar ao cume da maior montanha do mundo sem o apoio do oxigênio suplementar. O objetivo não foi atingido, mas ainda assim Canellas, com o apoio de Santalena, atingiu a incrível altitude de 8500 metros – mais um recorde brasileiro.

Mesmo com expedições grandiosas como estas na bagagem, Santalena não quer parar por aí. Este ano, o atleta pretende concluir o projeto de subida aos montes Carstensz (Oceania) e Vinson (Antártida) e, assim, arrematar mais dois recordes: ser o mais jovem brasileiro a completar os famosos “Sete Cumes” – as montanhas mais altas de cada continente – e a fazê-lo no menor período de tempo já registrado no Brasil.

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